Mídia

O desenho como forma de expressão infantil

21/02/2020

Sempre que vemos uma criança brincando, desenhando, dando gargalhada ou tristinha, nos perguntamos no que ela estaria pensando, não é? E até podemos perguntar, mas talvez ela responda que “em nada” ou ainda não saiba como responder.

Os pequeninos possuem uma imaginação e criatividade incríveis, tendo curiosidades, vontades, sensações e medos, mas nem sempre sabem expressar o que estão sentindo. Quem nunca se sentiu assim, né?

E uma forma de entendermos como elas se sentem é por meio de sinais. A pedagoga, pesquisadora da infância e do brincar no Brasil e criadora e coordenadora do Mapa da Infância Brasileiro e do Nepsid (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento), Adriana Friedmann, fala em entrevista ao blog Brinque Book que “a criança está permanentemente manifestando-se através do seu inconsciente com suas fantasias, seus sonhos, seus desenhos, etc”.

Ela ressalta também que precisamos ouvir as crianças, mas não se refere ao que dizem verbalmente, mas em linguagens simbólicas mesmo, como o gestos, brincadeiras, expressões artísticas e outras micro manifestações. Para ela, escutar as crianças é quando o adulto se conecta com as formas de expressão que elas têm, com as falas não-verbais espontâneas.

“Mas o que o desenho tem haver com isso?” Tudinho! Ele é uma dessas manifestações, há muito tempo usada pelos humanos e que é possível entender diversos sentimentos, pensamentos e a forma como se enxerga o mundo!

Porém, só é possível utilizar o desenho com essa finalidade a partir dos dois anos de idade, em que as crianças entram no estágio pré-operacional do desenvolvimento infantil, conforme o estudo “O Desenho na Expressão de Sentimentos em Crianças Hospitalizadas, da psicóloga Josianne Maria M. da Silva. Ela também cita Van Kolck (1984), que dá um entendimento interessante da relação da criança com o desenho, de que “o desenho representa o sujeito e a folha de papel seu ambiente”.

Sendo assim, o desenho é uma fonte riquíssima de emoções, medos, sonhos e vontades, representando a forma como aquela criança vê o mundo. E no ambiente hospitalar, a prática de desenhar se revela ainda mais eficaz na sua comunicação, mostrando seus medos, angústias, sofrimentos, considerando as dificuldades da doença, a rotina diferente e a limitação de atividades.

Mas muito mais do que se comunicar, o desenho pode trazer uma felicidade imensa aos pequeninos, pois eles só estão concentrados em escolherem as cores perfeitas e imaginando um universo inteirinho em que, ah, eles podem ser tudo!

A nossa Oficina de Desenho, do Projeto Arte Para A Vida, quer transmitir esse sentimento a cada um dos nossos pequenos pacientes e desenhistas! Porque aqui eles podem ser quem eles quiserem, sonhar com o mundo ideal para eles e, principalmente, voltarem a sorrir!

Fontes:

FRIEDMANN, Adriana. Para ouvir as crianças, é preciso resgatar nossa sensibilidade. [Entrevista concedida a] Blog Brinque Book. 2018.
Disponível em: <blog.brinquebook.com.br> Acesso em: 20/02/2020.

SILVA, Josianne Maria Mattos da. O desenho na expressão de sentimentos em crianças hospitalizadas. Fractal, Rev. Psicol. vol.22 no.2 Rio de Janeiro maio/ago. 2010. Disponível aqui, Acesso em: 20/02/2020.

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O Hospital de Amor (atual nome do Hospital de Câncer de Barretos) recebe pacientes de todos os estados do Brasil, oferecendo atendimento 100% gratuito. A instituição conta com profissionais altamente qualificados e realiza um importante trabalho para aumentar os índices de cura e sobrevida. Porém, nada disso seria possível sem o apoio dos diversos segmentos da sociedade, como pessoas físicas e empresas.

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